segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Zurbarán

“Paint of the King, king of paints”

Assim era chamado por seus contemporâneos

Francisco Zurbarán (1598-1664) Pintor espanhol dedicado aos temas religiosos e naturezas mortas. Ganhou o apelido de Caravaggio espanhol pelo seu talento, realismo e controle absoluto sobre o claro e escuro. Aos 16 anos, mudou-se para Sevilha para iniciar seus estudos com um famoso pintor Pedro Diaz Vielanueva. Após o término do seu treinamento retornou à sua cidade natal, lá permaneceu por longo tempo. Em 1630, foi nomeado pintor do rei Philip IV.

O austero aspecto do realismo religioso espanhol o tornou o pintor favorito das ordens religiosas mais tradicionais como os Dominicanos, Franciscanos. Com isso, Zurbarán recebeu inúmeras encomendas para retratos de religiosos e decoração de Igrejas e Monastérios.

O estilo severo de Zurbarán foi superado pelo romantismo de Murillo, seu prestígio foi pouco a pouco diminuindo e ele ficou num plano secundário.



St Francis Kneeling or St Francis in Meditation (1635-1639) National Gallery, Londres. São Francisco usa um hábito amarrado pela cintura com três nós significando a pureza, a castidade e a obediência. A face está obscurecida pelo capuz e pela sombra. A luz está dirigida para o hábito e para o crânio um símbolo da meditação sobre a morte



Still Life with Lemons, Oranges and Rose (1633) Norton Museum of Arts in Pasadena.Uma mesa foi colocada sobre um fundo escuro, sobre ela três objetos: Uma cesta com laranjas e flores de laranjeiras, à esquerda um prato com quarto limões e à direita outro prato sobre o qual estão uma rosa e um copo com água. Os objetos são simbólicos e oferecidos à Virgem. Seu amor, pureza e castidade são demonstradaspela rosa e o copo com água. O s limões, as laranjas e as flores de laranjeiras significam a renovação da vida e a mesa traduz o altar Texto de Morben Lauridsen(Wall Street Journal).



Saint Hugo em el Refectorio de los Cartujos (1630-1635) Museu de Sevilha.Predominam os retratos em branco, onde foram usados cerca de cem tons diferentes da cor. Representa o milagra acontecido com ruono e os primeiros seis religiosos da Ordem. Eles comiam o que era enviado por São Hugo, bispo de Grenole. Num domingo, ele enviou carne e os irmãos começaram a discutir se deveriam comer ou não. Eles cairam num sono profundo, que durou toda quaresma, quando São Hugo voltou de sua viagem encontrou-os despertando e sem noção do tempo. A carne nos pratos havia se transformada em cinzas, sinal divino do acerto da decisão.




Saint Lucy (1625-1630). National Gallery of Arts. Washington. Saint Lucy apresenta-se imponente não somente por sua grande figura e pelo fechamento do plano anterior da pintura. Zurbarán criou um fundo negro e ela em pé leva o olhar do espectador para suas coloridas vestes e sua coroa de flores. Lucy proclama-se inocente, conduzindo numa pequena bandeja seus próprios olhos arrancados, pois sua beleza havia atormentado um jovem. A fé demonstrada por ela o fez se converter ao Cristianismo. Os olhos de Lucy foram restaurados milagrosamente após suas orações. Ela foi obrigada pelos pagãos a ir para um bordel. Ela não aceitou e foi condenado a morrer numa fogueira, mas as chamas não a atingiram. Foi, então, morta decapitada por uma espada.

Sugestões: Zurbarán I Maestri Del Colore _ Fratelli Fabri Editori, 1966.

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