“Paint of the King, king of paints”
Assim era chamado por seus contemporâneos
Francisco Zurbarán (1598-1664) Pintor espanhol dedicado aos temas religiosos e naturezas mortas. Ganhou o apelido de Caravaggio espanhol pelo seu talento, realismo e controle absoluto sobre o claro e escuro. Aos 16 anos, mudou-se para Sevilha para iniciar seus estudos com um famoso pintor Pedro Diaz Vielanueva. Após o término do seu treinamento retornou à sua cidade natal, lá permaneceu por longo tempo. Em 1630, foi nomeado pintor do rei Philip IV.
O austero aspecto do realismo religioso espanhol o tornou o pintor favorito das ordens religiosas mais tradicionais como os Dominicanos, Franciscanos. Com isso, Zurbarán recebeu inúmeras encomendas para retratos de religiosos e decoração de Igrejas e Monastérios.
O estilo severo de Zurbarán foi superado pelo romantismo de Murillo, seu prestígio foi pouco a pouco diminuindo e ele ficou num plano secundário.
Saint Lucy (1625-1630). National Gallery of Arts. Washington. Saint Lucy apresenta-se imponente não somente por sua grande figura e pelo fechamento do plano anterior da pintura. Zurbarán criou um fundo negro e ela em pé leva o olhar do espectador para suas coloridas vestes e sua coroa de flores. Lucy proclama-se inocente, conduzindo numa pequena bandeja seus próprios olhos arrancados, pois sua beleza havia atormentado um jovem. A fé demonstrada por ela o fez se converter ao Cristianismo. Os olhos de Lucy foram restaurados milagrosamente após suas orações. Ela foi obrigada pelos pagãos a ir para um bordel. Ela não aceitou e foi condenado a morrer numa fogueira, mas as chamas não a atingiram. Foi, então, morta decapitada por uma espada.
Sugestões: Zurbarán I Maestri Del Colore _ Fratelli Fabri Editori, 1966.