domingo, 21 de dezembro de 2008

NATAL



“O nosso menino

Nasceu em Belém

Nasceu somente

Para querer bem

Nasceu sobre as palhas

O nosso menino.

Mas a mãe sabia

Que ele era divino”.

Manuel Bandeira Canto de Natal


O Natal é uma das datas mais importante do cristianismo. Ele celebra o nascimento de Jesus Cristo. No século IV foi estabelecido o dia 25 de dezembro como a data oficial. Na Roma antiga, era a data em que se comemorava o início do inverno. Pode haver relação entre as duas datas.

A árvore de Natal é uma tradição creditada a Martinho Lutero. Em 1530, Lutero passeava pela floresta e deslumbrou se pelos pinheiros cobertos de neve e iluminados pela luz das estrelas. Em casa, Lutero ornamentou galhos de árvore com estrelas, algodão e velas para mostrar a família o que havia visto.



Giotto (1236-1337). Pintor e arquiteto italiano. Foi descoberto aos 11 anos por um dos maiores artistas de sua época Cimabue, que o levou para Roma e Assis introduzindo o e transformando o num mestre na arte dos afrescos. Giotto foi o introdutor da perspectiva na pintura. É considerado por muitos o elo entre a arte bizantina e o Renascimento. Trabalhou em Pádua, Rimini e Florença. Suas mais importantes obras estão na Capella degli Scrovegni em Pádua. The Nativity (1305 – 1306) Capela degli Scrovegni, Pádua. Num ambiente simples a Família Sagrada é identificada pelas auréolas. Maria deitada e com seu manto azul cuida da criança. Animais e pastores foram representados. Ao alto a presença de anjos.



Petrus Christus (1410-1472) Pintor flamengo. Nascido em Antuérpia trabalhou em Bruges. Foi aluno e sucessor de Van Eyck.  The Nativity (1455) National Gallery of Art, Whashington. Uma bela paisagem holandesa serve de fundo. Em primeiro plano há uma referência à queda do homem e sua redenção. Adão e Eva estão de pé em colunas apoiadas sobre as costas daqueles condenados para o castigo eterno. Acima no arco, há cenas representando a expulsão do paraíso, Caime Abel e outras passagens do Velho Testamento. Dois homens lutam num conflito de inimigos, sem esperança em conseqüência ao pecado original. Elas servem como preâmbulo para a cena central onde Maria, José e os anjos velam o Redentor. José usa um sapato de couro, o que dá modernidade a narrativa. Há quatro testemunhas representando a humanidade, para quem a Redenção e Encarnação foram realizadas. Nota se nelas indiferença com a presença da criança.



Andréa Mantegna (1495-1505) Adoration of the Magi (1500) Paul Getty Museum. Cinco adultos e a criança nos braços de Maria constituem a cena. O fundo é negro. No quadrante direito, um homem branco com longa barba e careca oferece um pote de porcelana azul e branco com moedas de ouro. Logo atrás dele, um negro com turbante de pele de leopardo e tecido laranja mostra uma expressão de surpresa. Brincos e colares revelam sua riqueza. Ao centro, um homem com face serena usa um turbante branco e topo laranja. Em sua mão direita um recipiente de metal e porcelana vermelha. O menino é representado descalço e com um dos ombros descobertos. Ele olha para o objeto. Maria representada por uma jovem faz contraste com a figura envelhecida de José. Três halos identificam a Sagrada Família colocada à esquerda e os três Reis Magos estão à direita equilibrando a composição.Mantegna concentrou sua pintura nas figuras principais do assunto



Sarah Lucas (1962_) Artista contemporânea britânica. Trabalha com colagens, fotografias e objetos encontrados. Graduou se na Goldsmiths College de Londres. Fez parte da exposição Freeze organizada por Damien Hirst com alunos. Está incluída na Young British Artist, que revelou uma notável geração de novos artistas. A cada ano a Tate Gallery de Londres convida um artista para criar uma árvore de Natal. Em 2006, Sarah Lucas ornamentou sua árvore com anjos brancos e deu o título de Cherubim/Allegory of Love.

 

 

Sugestões: National Gallery of Art, Washington _ Harry Abrams Publishers, 1995.

                Sensation Young British Artists from the Saatchi Collection _ Royal Academy of Arts, 1997.

                Manuel Bandeira Poesia Completa & Prosa _Editora Nova Aguilar, 1974.